P.I.S.T.A. #25
Hoje eu completo mais uma revolução solar. É a trigésima sexta vez que eu testemunho o Sol passar naquela mesma posição, em algum lugar do Universo, pela Constelação de Gêmeos. Evento grandioso? Nem um pouco, nada de especial, o Sol não se importa. Apenas mais uma vida desafiando as Leis Entrópicas do Universo.
Mas esta vida invoca o ato rebelde contra o caos do Macrocosmo, e celebra a própria perspectiva revolucionária. O sistema de dentro enaltece o Sistema de fora e solta um grito inaudível do anseio de deixar uma marca neste mar de (des)ordem.
“Viva a minha revolução!”
E após esse gesto insurgente, viajei na palavra Revolução.
Tem dois sentidos segundo o dicionário. Um dos sentidos é o usado na Astronomia e significa retorno periódico de um corpo astral a um ponto da própria órbita.
O outro sentido se refere ao ato ou efeito de revolucionar-se, ou seja, transformar profundamente, causar sensível mudança em alguma coisa.
Esta última definição me acompanhou durante muitas aulas de História. Suponho que todos já ouviram falar das Revoluções Francesa, Americana e dos Cravos. O que esses movimentos sociais tinham em comum era a ideia de quebrar as estruturas de um senso dominante. Como se dissessem: “Ó, esse trem não está bom, não estou satisfeito, quero mudar”. Não raramente, nestes moldes de conflito, ocorriam confrontos físicos e guerras. Robespierre que o diga.
Na minha viagem, imaginei que dentro de nós há uma parte Robespierre querendo revolucionar a consciência. Transformar as ideias, sair do conformismo e condicionamentos impostos pela atual sociedade. O mundo diz “seja isso”, “seja aquilo”, “isso será um fracasso”, “aquilo é o certo”, “busque o sucesso”. Este é um discurso que nos coloca em uma prisão.
A Revolução começa quando iniciamos a busca da liberdade de Ser. Sair da “Matrix”. E isso é ótimo! O problema é quando o nosso Robespierre interior, virado no Jiraya, utiliza de violência e quer guilhotinar o “velho eu” opositor de suas ideias. Ele vira um tirano.
O veneno do poder.
Isso pode causar muita dor, pois representa uma briga interna entre duas frentes de pensamentos opostos. Um quer continuar usando a máscara, o outro quer quebrar esta máscara. Nesta hora é preciso uma pacificação, uma mediação de Mahatma Gandhi, talvez.
Misturando toda essa massa progressista no liquidificador, cheguei ao meu próprio conceito de Revolução.
Perceba, caro leitor, que a palavra evolução está contida em revolução. Posso brincar com os conceitos da gramática e afirmar que o sentido do prefixo “Re-” nesta palavra traz a ideia de repetição e de reforço (eu suprimi uma vogal “e”, considere uma licença poética).
Portanto, a palavra revolução no dicionário moderno “Luisista” quer dizer evoluir continuamente.
E trago argumento forte sobre esse sentido, utilizando-me do conceito maravilhoso de Murilo Gun (olha ele aí de novo, cola neste cabra!) sobre a espiral ascendente do conhecimento.
Estamos girando em torno da ideia de sermos livres de pensamentos e com o compromisso de expandir a consciência para contribuir com o aumento da vibração em frequências construtivas no mundo (isso é muito bonito!). Autorresponsabilidade, caro leitor! A cada giro na espiral voltamos a um aparente mesmo ponto, mas estamos um pouco mais acima. A consciência um pouco mais ativa, liberta e dá a energia que propulsiona para um patamar mais alto. Antes o que te afligia era muito doloroso. Com uma revolução e vendo de cima na espiral ascendente, não aflige e nem dói tanto mais.
E assim evoluindo continuamente, “revoluindo”.
Hoje pela manhã minha mãe me enviou os parabéns. Agradeci a ela pela vida. Com o passar das revoluções (astronômicas e transformadoras) sinto que aprecio cada vez mais a vida. Celebre a vida! Celebre a jornada! Confia no processo!
Que venham mais revoluções para cada vez mais evoluir!
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